Queridos líderes de jovens e adolescentes, paz!
Ontem fizemos uma live sobre a liderança e o ensino.
Com base no que conversamos escrevi um texto para nossa reflexão.
Leiam com (c)alma.
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Infelizmente o aspecto do ensino foi sendo deixado para segundo plano na esfera de atuação dos líderes de jovens e adolescentes, e isso trará enorme prejuízo ao futuro das próximas gerações de líderes.
Segundo Steven Lawson, "o cristianismo é essencialmente uma religião de ensino." E é exatamente essa atuação que não estamos considerando, o ensino.
Claro que o desinteresse reflete uma boa parte dessa geração, e que o desejo de aprender é muito do interesse pessoal, contudo, as lideranças precisam entender que são sim, responsáveis pelo fomento desse tema, e sempre que decidimos não dialogar os conceitos basilares da fé cristã com o grupo, acabamos por contribuir pelo desapego do grupo à bíblia.
Nesse sentido, ao longo dos anos perdemos o contato com esse aspecto da nossa atuação, o do ensino, parece que sem perceber entregamos essa atribuição ao professor de EBD, e assumimos única e exclusivamente o ofício da articulação e organização de eventos. Devemos voltar ao aspecto do pastoreio, do cuidado, principalmente do ensino.
Não me refiro a torná-los teólogos, mas a promover conhecimento basilar que os ajudem a sustentarem a razão de sua fé. Segundo Valmir Nascimento, no seu livro O Cristão e a Universidade, aponta que passam de 60% o número de jovens cristãos que abandonam a fé cristã quando chegam na universidade.
Isso não necessariamente mostra a intensidade dos ataques a nossa fé, mas aponta claramente a fragilidade como chegam os jovens nesses espaços, sem a menor convicção do que acreditam.
Nossa agenda precisa considerar ações que se proponham ao fomento de temas que promovam conhecimento relevante nos espaços que eles estão inseridos. Porque enquanto abrimos mão de ensinar, eles aprendem com os Youtubers alienados e totalmente distantes da nossa fé.
Falamos de metanoia, apontando a necessidade dos jovens e adolescentes mudarem a forma como enxergam o seu próprio mundo, mas é na liderança que essa metanoia precisa acontecer.
Antes causava preocupação um grupo de jovens e adolescentes distanciados da fé ou do conhecimento bíblico. Hoje, muitos deles chegaram a liderança, com apenas a expertise de serem bons organizadores de eventos, bons articuladores, terem uma boa rede de aliança, uma boa oratória, porém esvaziados de suas convicções bíblicas. Então como vão defender, explicar ou ensinar aquilo que não conhecem?
É exatamente por essa razão que existe mais teologia nas salas de EBD kids do que em muitos eventos com jovens e adolescentes.
Por isso não podemos nos assustar com um grupo que não busca a bíblia como referência de suas atividades, porque o problema está na gestão, em líderes que não inspiram o amor ao aprendizado da palavra do Senhor.
Então ficou claro o porque a bíblia se tornou um detalhe nas programações, dando apenas base ao que está sendo proposto. Nesse sentido, para muitas atividades, a bíblia se tornou um detalhe meramente ilustrativa. Precisamos fazer o caminho inverso, trazer nossos eventos e nossa agenda a luz da Bíblia, para explorar com seriedade e comprometimento o viés do ensino, e isso precisa ser urgente.
Eu deixo duas questões para nossa reflexão, são elas:
1. Ver nas nossas agendas, quais programações se propõem a ensinar os conceitos basilares da nossa fé.
É claro que os congressos, festas e cultos ensinam, mas já passou
da hora
de, como líderes de jovens e adolescentes, tomarmos parte e tempo considerável nas iniciativas de ensino. 2. Quanto do nosso orçamento tem sido investido em iniciativas de instrução aprendizado, tanto para o grupo, como também para os líderes.
Essas duas questões acima podem nos ajudar a refletir esse tema com aspectos práticos com referências as nossas igrejas locais.
Um abraço
fraterno,Pr. Jader Cruz.
Vamos pra cima, pela causa 
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