Hoje vamos continuar o dialogo e comentários sobre a pesquisa acerca da
saúde emocional dos lideres de jovens e adolescentes (Resultados) Parte 3
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A ideia é fomentar esse tema em nossas igrejas e provocar nas nossas
lideranças maior atenção sobre o aspecto emocional dos lideres de jovens e
adolescentes.
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Vamos conversar sobre as questões 3 e 4, e lhe encorajo a refletir sobre
esse tema com sua equipe e seu pastor.
Questão 3:
64% disseram ter seus grupos formados pelo que chamamos de grupão, com
jovens e adolescentes fazendo parte de um só departamento, ou, ainda que com
iniciativas distintas, liderado pela mesma equipe. Vamos seguir falando sobre
as implicações disso.
O que motiva esse fenômeno?
Os dados mostram um movimento constante, a integração dos ministérios, colocando
adolescentes e jovens no mesmo grupo. São muitos os motivos que levam a igreja
local a essa fusão, que podem ser falta de pessoas para compor equipes
distintas, expectativa de diminuir custos com vários eventos, numero reduzido
do grupo (fazendo o grupo maior acolher o menor), ou até mesmo a visão da
igreja que perceba a necessidade de atuar esses dois recortes nas mesmas
iniciativas.
Estratégia especifica para cada recorte
Precisamos pensar que as estratégias de trabalho são distintas entre
essas duas faixas etárias, então é importante observar como esse líder lida com
isso, se possui uma equipe de apoio e também se esse ministério unificado tem
funcionado. É preciso muita concentração e pesquisa para se comunicar com ambos
os públicos quase que simultaneamente. Esse empenho intenso pode cobrar sua
fatura a médio ou longo prazo.
Avaliação constante do alcance
Os efeitos de alcance desse “grupão” precisa ser reavaliado com alguma frequência,
a fim de verificar se essa junção tem dado o resultado pretendido quando foi
pensado. Repensar com seriedade se esse movimento ajuda ou atrapalha o processo
de aprendizagem, dialogo, consolidação e sobretudo, discipulado. Estamos dando
a essa equipe uma enorme incumbência, que em alguns casos, esse grupo é quase a
metade da igreja, isso se não for a maioria. Os pastores deveriam observar
esses com mais atenção. Avalie a iniciativa, tanto quanto devem avaliar a
equipe que nomearam para essa missão.
Os grupos e sub grupos presentes no cotidiano
Uma provocação interessante é procurar entender como o líder e sua
equipe sente esse contato? Num momento estão numa questão envolvendo uma
adolescente e suas questões, e no outro, pensando atividades com jovens
adultos. De longe parece fácil para quem se percebe somente organizador de
eventos, mas de perto, lidando com as complexidades envolvidas em cada cenário,
acredite, é um enorme desafio, entender e propor.
Sobre a transição
Em relação aos grupos que seguem separados, o que penso ser o ideal, é
preciso considerar formas de transição de um grupo para o outro, e pensar como
podemos enriquecer o processo quando alimentamos esse adolescente com acessos
aos espaços de decisão, a fim de torna-lo entendedor dos próximos passos, e
nesse sentido, fazê-los avançar engajados e entendendo as fases da vida. Conversei
com alguns lideres sobre esse processo transitório, ficou claro que muitos
falam sentem dificuldade de favorecer esse processo porque criam ao redor de si
uma rede de apoio, que deu musculatura a equipe e trouxe soluções ao
departamento. Sem que percebam estão pensando somente em si, e quando de fato
esses adolescentes fazem essa passagem para outro grupo de acordo com sua
idade, os lideres se veem com enorme trabalho, repensar e de fato, remontar a
sua equipe. Nesse sentido, a transição dos adolescentes para a juventude mexe
com a agenda, e sobretudo, com a zona de conforto do líder dos adolescentes.
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QUESTÃO 4:
A alternância é saudável para o líder e para o grupo
É um ponto positivo que o menor índice seja daqueles no cargo de
liderança por mais de 10 anos (8,2%), afinal, uma liderança por tanto tempo no
ministério de juventude é mais prejudicial do que benéfica, pois é possível que
algumas permanências se tornem um desequilíbrio e seja mais difícil de
acompanhar as mudanças entre as gerações. Contudo, há casos eficazes.
Os pastores sentem tanta dificuldade de acertar numa equipe que consegue
entender as demandas do grupo e da igreja, que quando acertam insistem com
aquele líder por tempo demais. É bastante compreensível, mas é uma demanda tão
complexa que acaba tendo riscos no processo. É importante pensar que essa alternância
não implica necessariamente o fim da dedicação dessa pessoa a causa dos jovens
e adolescentes, a pessoa teria uma atuação mais recuada, como suporte, a fim de
dar ao grupo uma nova gestão, outro gás ao departamento, e também, para o próprio
ver sua agenda um pouco mais livre e quem sabe dar atenção para outros projetos
pessoais.
A constante mudança pode atrapalhar a consolidação do grupo
A segunda menor taxa é daqueles com menos de 6 meses (8,6%) talvez na
tentativa de formar uma equipe, a igreja escolhe pessoas que ao longo do tempo,
ao tomarem conhecimento da agenda, rotina e demandas, acabam entendendo que liderança
não combina com suas aspirações, e, na primeira oportunidade com o pastor pedem
a sua saída do cargo. Ou também, a liderança da igreja, ao perceber a inércia ou
falta de tato do líder com o grupo promove mudanças com rapidez. Em ambos os
casos, o grupo sente a instabilidade de uma liderança que precisa ser trocada
com frequência. Os demais dados são bastante equilibrados e isso é saudável.
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Essas e outras questões precisam fazer parte das nossas reflexões, para que, com as inquietações causadas possamos caminhar na direção de respostas que causem mudanças na nossa forma de pensar, atuar e viver a liderança. Acreditamos que uma liderança saudável emocionalmente não é aquela que somente se esforçam para realizar grandes eventos, mas aquela que consegue cuidar dos outros o tanto quanto cuida de si.
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Essas e outras questões precisam fazer parte das nossas reflexões, para que, com as inquietações causadas possamos caminhar na direção de respostas que causem mudanças na nossa forma de pensar, atuar e viver a liderança. Acreditamos que uma liderança saudável emocionalmente não é aquela que somente se esforçam para realizar grandes eventos, mas aquela que consegue cuidar dos outros o tanto quanto cuida de si.
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Coordenação: Jader Cruz
Colaboradores: Renata Marinho / Gabriel Oliveira
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