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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Pesquisa sobre a saúde emocional dos líderes de jovens e adolescentes (resultados) parte 3


Hoje vamos continuar o dialogo e comentários sobre a pesquisa acerca da saúde emocional dos lideres de jovens e adolescentes (Resultados) Parte 3
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A ideia é fomentar esse tema em nossas igrejas e provocar nas nossas lideranças maior atenção sobre o aspecto emocional dos lideres de jovens e adolescentes.
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Vamos conversar sobre as questões 3 e 4, e lhe encorajo a refletir sobre esse tema com sua equipe e seu pastor.

Questão 3:

64% disseram ter seus grupos formados pelo que chamamos de grupão, com jovens e adolescentes fazendo parte de um só departamento, ou, ainda que com iniciativas distintas, liderado pela mesma equipe. Vamos seguir falando sobre as implicações disso.  

O que motiva esse fenômeno?
Os dados mostram um movimento constante, a integração dos ministérios, colocando adolescentes e jovens no mesmo grupo. São muitos os motivos que levam a igreja local a essa fusão, que podem ser falta de pessoas para compor equipes distintas, expectativa de diminuir custos com vários eventos, numero reduzido do grupo (fazendo o grupo maior acolher o menor), ou até mesmo a visão da igreja que perceba a necessidade de atuar esses dois recortes nas mesmas iniciativas.

Estratégia especifica para cada recorte
Precisamos pensar que as estratégias de trabalho são distintas entre essas duas faixas etárias, então é importante observar como esse líder lida com isso, se possui uma equipe de apoio e também se esse ministério unificado tem funcionado. É preciso muita concentração e pesquisa para se comunicar com ambos os públicos quase que simultaneamente. Esse empenho intenso pode cobrar sua fatura a médio ou longo prazo.

Avaliação constante do alcance
Os efeitos de alcance desse “grupão” precisa ser reavaliado com alguma frequência, a fim de verificar se essa junção tem dado o resultado pretendido quando foi pensado. Repensar com seriedade se esse movimento ajuda ou atrapalha o processo de aprendizagem, dialogo, consolidação e sobretudo, discipulado. Estamos dando a essa equipe uma enorme incumbência, que em alguns casos, esse grupo é quase a metade da igreja, isso se não for a maioria. Os pastores deveriam observar esses com mais atenção. Avalie a iniciativa, tanto quanto devem avaliar a equipe que nomearam para essa missão.

Os grupos e sub grupos presentes no cotidiano
Uma provocação interessante é procurar entender como o líder e sua equipe sente esse contato? Num momento estão numa questão envolvendo uma adolescente e suas questões, e no outro, pensando atividades com jovens adultos. De longe parece fácil para quem se percebe somente organizador de eventos, mas de perto, lidando com as complexidades envolvidas em cada cenário, acredite, é um enorme desafio, entender e propor.

Sobre a transição
Em relação aos grupos que seguem separados, o que penso ser o ideal, é preciso considerar formas de transição de um grupo para o outro, e pensar como podemos enriquecer o processo quando alimentamos esse adolescente com acessos aos espaços de decisão, a fim de torna-lo entendedor dos próximos passos, e nesse sentido, fazê-los avançar engajados e entendendo as fases da vida. Conversei com alguns lideres sobre esse processo transitório, ficou claro que muitos falam sentem dificuldade de favorecer esse processo porque criam ao redor de si uma rede de apoio, que deu musculatura a equipe e trouxe soluções ao departamento. Sem que percebam estão pensando somente em si, e quando de fato esses adolescentes fazem essa passagem para outro grupo de acordo com sua idade, os lideres se veem com enorme trabalho, repensar e de fato, remontar a sua equipe. Nesse sentido, a transição dos adolescentes para a juventude mexe com a agenda, e sobretudo, com a zona de conforto do líder dos adolescentes.


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QUESTÃO 4:

A alternância é saudável para o líder e para o grupo
É um ponto positivo que o menor índice seja daqueles no cargo de liderança por mais de 10 anos (8,2%), afinal, uma liderança por tanto tempo no ministério de juventude é mais prejudicial do que benéfica, pois é possível que algumas permanências se tornem um desequilíbrio e seja mais difícil de acompanhar as mudanças entre as gerações. Contudo, há casos eficazes.

Os pastores sentem tanta dificuldade de acertar numa equipe que consegue entender as demandas do grupo e da igreja, que quando acertam insistem com aquele líder por tempo demais. É bastante compreensível, mas é uma demanda tão complexa que acaba tendo riscos no processo. É importante pensar que essa alternância não implica necessariamente o fim da dedicação dessa pessoa a causa dos jovens e adolescentes, a pessoa teria uma atuação mais recuada, como suporte, a fim de dar ao grupo uma nova gestão, outro gás ao departamento, e também, para o próprio ver sua agenda um pouco mais livre e quem sabe dar atenção para outros projetos pessoais.  

A constante mudança pode atrapalhar a consolidação do grupo
A segunda menor taxa é daqueles com menos de 6 meses (8,6%) talvez na tentativa de formar uma equipe, a igreja escolhe pessoas que ao longo do tempo, ao tomarem conhecimento da agenda, rotina e demandas, acabam entendendo que liderança não combina com suas aspirações, e, na primeira oportunidade com o pastor pedem a sua saída do cargo. Ou também, a liderança da igreja, ao perceber a inércia ou falta de tato do líder com o grupo promove mudanças com rapidez. Em ambos os casos, o grupo sente a instabilidade de uma liderança que precisa ser trocada com frequência. Os demais dados são bastante equilibrados e isso é saudável.

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Essas e outras questões precisam fazer parte das nossas reflexões, para que, com as inquietações causadas possamos caminhar na direção de respostas que causem mudanças na nossa forma de pensar, atuar e viver a liderança. Acreditamos que uma liderança saudável emocionalmente não é aquela que somente se esforçam para realizar grandes eventos, mas aquela que consegue cuidar dos outros o tanto quanto cuida de si.
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Coordenação: Jader Cruz
Colaboradores: Renata Marinho / Gabriel Oliveira


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