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terça-feira, 26 de novembro de 2019

Pesquisa sobre a saúde emocional dos líderes de jovens e adolescentes (resultados) parte 2

Hoje vamos continuar o dialogo e comentários sobre a pesquisa acerca da saúde emocional dos lideres de jovens e adolescentes (Resultados)⁣ Parte 2
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A ideia é fomentar esse tema em nossas igrejas e provocar nas nossas lideranças maior atenção sobre o aspecto emocional dos lideres de jovens e adolescentes. ⁣
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Vamos conversar sobre as questões 1 e 2, e lhe encorajo a refletir sobre esse tema com sua equipe e seu pastor.
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QUESTÃO 1: Percebemos que por mais que o campo de liderança ainda seja de maioria masculina, analisando a leitura social das equiparações entre os papeis femininos e masculinos, o mesmo se reflete na igreja nos cargos atuantes. Durante os últimos cinquenta anos temos visto a mulher se desenvolvendo e ganhando maior autonomia no âmbito público da esfera social e esse movimento também tem sido experimentado pela igreja. Cada vez mais temos mulheres se destacando nos cargos de liderança, pastoreio e administrativo, os quais já foram predominantemente masculinos. Contudo, precisamos problematizar esses números. 

- As mulheres estão mais participativas 

Resta saber se esse movimento de preenchimento dos espaços de liderança se dá em razão de um menor interesse dos homens ao cargo, ou se de fato é um movimento natural, a partir de suas competências, respondendo aos seus chamados em resposta as demandas da igreja local. Alguns anos atrás fiz um texto sobre esse assunto, publicado pela editora CPAD, no livro Manual Pratico de Liderança com Jovens, onde destacava a relevância da liderança protagonizada pelas mulheres, e já naquela ocasião, chamava atenção para a igreja brasileira, sobretudo a denominação que pertenço, Assembléia de Deus, de olhar com mais atenção para as jovens que poderiam exercer um belíssimo serviço ao reino de Deus liderando jovens e adolescentes. Falando ainda desse contexto assembleiano, quando se percebia uma liderança na jovem ela era sendo orientada a seguir por pelo menos 4 espaços, que são: secretárias, intercessoras, regentes ou professoras de ebd. 

Que bom que elas estão chegando, contudo, ainda numa velocidade menor do que deveria, por isso gostaria de provocar que cada equipe tome um tempo refletindo sobre algumas questões abaixo citadas, e alem dessas, ampliasse o raio de alcance desse assunto, na tentativa de entender onde podemos buscar soluções assertivas para essas problemáticas, e quem sabe, com o tempo vamos enxergar um cenário com mais acessos e oportunidades. Façam um fórum interno, tomem tempo nisso.Vamos seguir com algumas questões?

Você percebe na sua igreja o incentivo e encorajamento para as mulheres pensarem e colaborarem com a liderança na mesma intensidade com que isso é provocado aos homens? 

As mulheres tem os mesmos acessos as iniciativas de capacitação e por isso preparadas das mesmas formas que os homens para esses cargos? 

Possuem a mesma legitimidade? 

Tem os mesmos acessos e espaços de fala que os seus pares?

No aspecto emocional, é importante refletir se: 



Os lideres, sejam eles homens ou mulheres, estão abdicando de suas funções no lar (no sentido emocional e participativo) para estarem no papel de líderes? 

Há diferença emocional entre homens e mulheres em papeis de liderança dentro da igreja?

É possivel que a família sofra algum desgaste emocional ao assumirem um maior protagonismo na liderança

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QUESTÃO 2: Essa questão não foi pensada com boa precisão de possibilidades de resposta. 69,1% dos participantes da pesquisa estão em idade entre 25 e 44 anos. Entretanto, é uma margem que pode abranger duas realidades muito distintas, essas pessoas podem estar se preparando para iniciar um casamento ou já ser uma família e isso muda completamente a análise de perfil e desgaste emocional que podemos elaborar. 

Se esses líderes estão se preparando para iniciar um casamento ou nos primeiros anos dele, estamos lidando com um momento de adaptação e instabilidade emocional, talvez uma diminuição na carga de trabalho em prol do casamento, e até mesmo um afastamento (licença) do ministério para essa transição. Também precisamos considerar a parte acadêmica e profissional, afinal ao que parece, um grupo pode estar entrando no mercado de trabalho ou em fase de finalizar a Universidade, o que muda a perspectiva dele em relação ao ministério.

Já aqueles entre 35 e 44 anos, provavelmente já estão casados e possuem uma carreira ou profissão. Também é provável que já tenham filhos. Ou seja, estão numa dinâmica pessoal e familiar distinta e possuem demandas analíticas diferentes do primeiro grupo. Entretanto, podemos ler que é a fase em que mais encontramos líderes mas por quais motivos? Acredito que estejamos falando de uma faixa etária mais ativa com força de trabalho real tanto fora quanto dentro da igreja. 

Uma questão que salta os olhos, e nos provoca intensa reflexão: Esses líderes estão preparando a geração que os substituirá? 

Pois há uma enorme discrepância na pesquisa. 26,2% dos líderes alcançados estão entre 18 e 24 anos e 1,7% possuem menos de 18 anos. Isso significa que os líderes em exercício, estão cada vez menos preparando as novas gerações para assumir seus lugares. Esse dado precisa ser problematizado no sentido de encontrar os motivos para tamanho desequilíbrio. O saudável para que possamos ver uma constante renovação na liderança, seria uma taxa de no mínimo 35% de líderes entre 18 e 24 anos e 10% de líderes com menos de 18 anos. Assim, estaríamos garantindo que a liderança esteja se renovando a cada mudança de geração.
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Essas e outras questões precisam fazer parte das nossas reflexões, para que, com as inquietações causadas possamos caminhar na direção de respostas que causem mudanças na nossa forma de pensar, atuar e viver a liderança. 
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Coordenação: Jader Cruz
Colaboradores:  Renata Marinho / Gabriel Oliveira

Link da parte 1
http://liderancadoreino.blogspot.com/2019/11/pesquisa-sobre-saude-emocional-dos.html

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