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sexta-feira, 21 de maio de 2021

Existem fragilidades no dia a dia


Gente queria discutir com vocês aqui um tema que é bem pertinente no dia a dia das meninas, sendo assim as lideranças de jovens e adolescentes precisam refletir sobre esse fenômeno.

Os dados abaixo foram publicados pela Vogue Brasil, no link https://vogue.globo.com/.../papel-higienico-miolo-de-pao...

Pobreza menstrual: brasileiras não conseguem comprar absorventes e usam papel higiênico, miolo de pão e até saco plástico como substitutos

Se com o absorvente a luta feminina no dia a dia já não é fácil, sem ele os sentimentos de exclusão e isolamento se multiplicam.

Além de ser uma questão séria de saúde, a pobreza menstrual afeta a confiança de meninas e mulheres e causa evasão escolar. E essa, definitivamente, não precisa ser uma das muitas barreiras que meninas precisam superar ao longo da vida em pleno 2021.

Um levantamento feito pela antropóloga Mirian Goldenberg mostra que uma entre cada quatro jovens não se sente confortável nem mesmo em falar sobre a menstruação, e mais da metade (57%) das mulheres afirmaram que a primeira menstruação as deixou menos confiantes.

O absorvente foi considerado pelas entrevistadas como um produto de primeira necessidade. Porém, mais de uma em cada quatro jovens (29%) revelou não ter tido dinheiro para comprar produtos higiênicos durante o período menstrual em algum momento de suas vidas.

Nas classes D e E, esse índice é ainda maior (33%). Quase metade destas (48%) tentaram esconder que o motivo da baixa-autoestima foi a falta de absorventes e 45% acredita que não ir à aula por falta de absorventes impactou negativamente o seu rendimento escolar.

✓ Papel higiênico, roupas velhas, saco plástico

Com as limitações financeiras, mulheres recorrem a essas alternativas. Acontece que esses métodos alternativos não são seguros para a saúde feminina, já que apresentam alto risco de infecções.

Após a leitura desses dados, gostaria de saber como vocês sugerem abordar esse tema com as meninas do grupo que lideram.

Acho pertinente provocar esse tema porque é possível que algumas estejam nas igrejas de vocês e eventualmente se afastam justamente nesse período, por razões obvias.

1. Quem tem na sua liderança apenas lideres homens, pode tocar nesse assunto?
Não é aconselhável! Busque na igreja ou na sua rede alguma mulher que lhe dê esse suporte.
Falo não somente pela competência, mas pelo eventual constrangimento que conversar sobre esse assunto com um homem pode causar a uma adolescente.

2. O tema pode ser inserido em uma temática mais ampla, para que as meninas nao se sintam constrangidas. Por exemplo: palestra sobre saúde da mulher.

3. Vamos seguindo com as provocações acerca desse tema, quero saber o que pensam como lideres.

Daí a gente pode continuar a fechar os olhos para algo dessa natureza e seguir em frente com nossa agenda ou podemos refletir sobre a melhor forma de abordar esse assunto, buscando soluções para esse cenário.

Vamos pensar juntos?

Jader Cruz


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